16 de agosto de 2010

Viver de acordo com o que...

Mulheres machistas?

Sem ter muito que fazer a noite e jogando conversa fora, em um jantar desses rotineiros, eu e umas amigas minha estávamos conversando sobre sexo, opa! Mais não esse que você ta pensando no sentido da palavra, falávamos de sexo pelo gênero mesmo de homem e mulher, és que saiu o assunto – MACHISMO.

E sinceramente adoro homens sensíveis e inteligentes, homens de verdade sem discriminação. Aqueles que te entende enquanto mulher (sua TPM), que fazem tudo com você, sem ter que você escutar coisas do tipo: “Isso é serviço de mulher”, que sabe valorizar suas reações adversas a certos momentos, assuntos ou objetos. Homens que choram! Isso sim é homem! Não esses rotulados machistas, que não sabe a diferença entre homem e macho.

Analisando:

A palavra machismo está associada ao sistema patriarcal ensinado na Bíblia, no Alcorão e em outros livros também religiosos, escritos por machistas, que tem o pai como líder da família sob todos os aspectos. Já a palavra feminismo está associada a movimentos anti-patriarcalistas e ao sistema matriarcal, tem a mãe como líder da família. Coisa bem comum de se ver hoje! Ter o homem como centro da sociedade vem de muito tempo e trazem algumas inquietações em nós mulheres como seres pensantes e oprimidos. Sem falar quando o machismo está associado á violência contra mulher, ai não! Ai já é de mais, fora de questão, o filho da p... cachorro. Além de se achar o dono da situação e de tudo, ainda espanca... Sem comentários!

E se formos aprofundar nisso vai entrar também no contexto a descriminação que a mulher tem contra si própria, que embora vítimas do machismo, não sejam capazes de educar seus filhos para serem HOMENS, acham bonitinho quando o filho se torna “mandão” – “machão” e se calam diante de um “EU QUERO” do seu filho e até de certa forma autorizam brincadeirinhas que denigrem as meninas chamando-as de bobas, “chatas”, “fracas” e inferiores? O que é isso? É nessas “brincadeirinhas” que se nota a educação machista precoce do filho. Há delas que inibem até reações sentimentais nos filhos educando-os a não demonstrarem emoções. De fato nós mulheres somos assim, mais devemos parar e se auto-educar.

Eu mesmo certo dia conversando com meu namorado disse algumas palavras em apatia a certo assunto (que não vem ao caso) e que feriram os sentimentos dele e certamente em adversidade a isso, ele educadamente do jeito que só ele sabe fazer, e que, amo muito, me deu aquele sermão. Fiquei magoada comigo mesma por ter falado aquilo e pensei, como temos atitudes machistas sem ter noção de que é realmente machismo fazê-los, apenas fazemos por que fomos educadas assim. A sociedade machista impõe que os homens não tenham sentimentos, que sejam “fortes”, daí podemos falar e fazer o que queremos, Bater e bater sem magoá-los! E falando assim soa horrível! Mais fazemos isso sem perceber, tranquilamente sem peso na consciência.

E eu que pensei este assunto ser bem mais que resolvido em mim, me topei nesta situação acima citada. Bem como errar é humano e sou uma! E feio mesmo é errar e não reparar seus erros. Vai ai um pedido de desculpas?

Amor sinceramente sei que disse algo horrível e quero humildemente pedir desculpas ainda mais pelo assunto abordado na ocasião. Sei o quanto é precioso pra você! Sei por que é de igual valor pra mim.

Amo você...







Um comentário:

Natal Marques disse...

Pedido de desculpas... Vou perdoar a formalidade, que entre nós é dispensável, dizer que sim. O que falei foi só em retribuição ao que tem me ensinado, ao que eu tenho aprendido, ao que eu tenho vivido. Falar o que não queria falar ou, falar da forma que não queria, são problemas comuns a todos.
Em verdade, todos sabemos onde dói no outro e tocar nesse ponto é que é ruim. É como eu falei pra você: nesse hora, quando essa palavra que vai magoar vem na ponta da lingua e você consegue contê-la, aí sim o respeito está presente, o amor não é de fachada, a preocupação com o outro e seus sentimentos é patente.
Amo você também, por tudo isso, pelo diálogo, pela consonância, pela cumplicidade, por todas essas coisas que não nos deixam quietos quando estamos distantes um do outro.